CADERNO BOM que abriga minhas linhas És como o tom que musica as sonoras trilhas Com cujo som se harmoniza o pensamento E as lembranças dão-se vivas no momento Escrevo em ti ; boto a fora maravilhas Me torno inteiro ; mais que outrora: muitas ilhas Com muito esmero Te organizo as palavras Est’as quais não verbalizo Desabafo em conto as lágrimas Escorro em teu corpo liso Estranho se não correspondes Com o nível da caneta Ao expor na tua fronte O que vejo com a luneta O que vejo de outro canto De frente, diante, de cima, de lado Olheiro esquisito, caderno bonito O olhar pelo avesso não chega atrasado
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SOMA E FRAGMENTO
Para Um Muito Grande Amigo
Desculpe se não provoco surpresa Primo pelo simples da delicadeza Perdoe quando A obviedade espanta Deve ser meu jeito de me assustar com tanto Deve ser o asco ao hermetismo inato aos lapidadores que de muito cinzelar acabam com farelos Deve ser desejo de igualar-me aos belos Há de ser a ânsia de fazer-me lido no mundo descartável do instante corrido Pode ser o dedo que se faz ouvido Sempre na garganta instigando o fluxo (regurgito a fome de um passado bruxo) Ao final será só tentativa e erro Vezes um tropeço ou outro Frente algum acerto.
Comentários
demais o livreto !