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Mostrando postagens de outubro, 2008

Para Um Muito Grande Amigo

Desculpe se não provoco surpresa Primo pelo simples da delicadeza Perdoe quando A obviedade espanta Deve ser meu jeito de me assustar com tanto Deve ser o asco ao hermetismo inato aos lapidadores que de muito cinzelar acabam com farelos Deve ser desejo de igualar-me aos belos Há de ser a ânsia de fazer-me lido no mundo descartável do instante corrido Pode ser o dedo que se faz ouvido Sempre na garganta instigando o fluxo (regurgito a fome de um passado bruxo) Ao final será só tentativa e erro Vezes um tropeço ou outro Frente algum acerto.